Em 1964 Burt
Bacharach e Hal David escreveram uma balada intitulada A House Is Not a Home,
ou seja, Uma Casa Não É Um Lar. Diz ela em seu início:
·
Uma cadeira ainda
é uma cadeira, mesmo quando não há ninguém sentado lá;
·
Mas uma cadeira não é uma
casa e uma casa não é um lar;
·
Quando não há ninguém lá
para te abraçar...
Por analogia podemos dizer que sino, malhete e
a bandeira por si só não transformam um clube em um Rotary Club. Continuará
sendo apenas um clube.
Clubes não têm nenhum compromisso com a
melhoria de suas comunidades; não preparam lideranças, não engajam e não se
preocupam em manter os associados – a perda de um é só uma casualidade sem
análise dos motivos -, não têm plano de ação e realizam promoções destinando a
maior parte da arrecadação para proveito próprio. Clubes entendem que assar um
churrasco, entregar cestas básicas é uma das funções básicas do Rotary. Não será
isso que não nos faz crescer, que faz com que percamos tantos associados?
Precisamos de Rotary Clubs que pratiquem forte companheirismo,
ouçam e engajem os associados, que estimulem a participação, promovam novas
lideranças, sejam descentralizados, tenham renovação anual em seus conselhos e
que façam a diferença em suas comunidades com projetos eficazes e que enalteçam
nosso nome; Rotary Clubs que desenvolvam o senso do pertencimento. Rotary Clubs
que contribuam para a nossa Fundação Rotária a fim de que mais recursos possam
existir para projetos de qualidade.
Instrumentos para transformar nossos clubes em
Rotary Clubs temos e estão à disposição de todos, mas há que se ter interesse
em utilizá-los. Será que um Seminário de Treinamento de Presidentes
Eleitos (PETS) realizado em 3 horas ajuda no processo? Com certeza não. Há
que se dedicar à formação de rotarianos com conhecimentos para bem administrar
seus clubes, engajar os associados e realizar projetos eficazes. É preciso
parar de pensar em apenas cumprir a tabela.
Por que
será que material valiosíssimo é ignorado? Se os clubes realizassem a pesquisa de Satisfação dos Associados,
utilizassem a Lista de Verificação da Saúde do Clube, elaborassem o Planejamento Estratégico e o Plano para
Desenvolvimento do Quadro Associativo teríamos
clubes atrativos com associados motivados a se engajarem e revitalizarem seus
clubes.
Se
houvesse o interesse em apresentar nas reuniões material para instrução e
informação rotária, os associados conheceriam um pouco mais a respeito do
Rotary. E se fossem incentivados a realizar os cursos existentes na Central do
Aprendizado? É difícil de se fazer isso?
Imaginem como
que seria o Rotary se se realizasse a pesquisa das Necessidades da Comunidade e
dessa forma realizar projetos eficazes? Atrairíamos associados com
representatividade e interesse em mudar suas comunidades.
A Magia
do Rotary está em se formar líderes eficazes que se preocupam em ter Rotary
Clubs fortes e atrativos, associados engajados e relevância na comunidade. Teríamos
clubes Irresistíveis!
E você, é associado de um clube ou de um Rotary Club?
Alceu Eberhardt
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