quinta-feira, 19 de agosto de 2010

RESULTADO DE PESQUISA COM GRUPOS DE NÃO ROTARIANOS

Veja no link http://www.rotary.org/RIdocuments/pt_pdf/memb_focus_groups_report08-09_09-10_pt.pdf o resultado da pesquisa realizada com grupos de não rotarianos em 2008-09 e 2009-10.

O trabalho foi realizado com profissionais não rotarianos nas seguintes categorias:
  • do sexo feminino com 30 anos ou mais;
  • do sexo masculino entre 30 e 45 anos.
O resultado do trabalho deve servir para reflexão e mudanças. Leia o material; provoque discussão em seu clube; apresente propostas para tornar seu clube Maior, Melhor e Mais Audaz!

2 comentários:

  1. Transcrição do comentário do companheiro Walter do Amaral Varella, do Rotary Club de Joinville - Manchester

    Este relatário realizado junto a não rotarianos, é um documento importantíssimo para que o RI atinja mais 105 anos de prestígio.

    Embora efetuado em outros países, entendo ser também necessária e utilíssima, uma pesquisa nesses moldes aqui no Brasil. Entretanto, apesar das diferenças regionais, o padrão das respostas contidas na pesquisa, soam bem parecidas, o que me permite afirmar,com as devidas cautelas,que o resultado nela contido pode sim, ser aplicado por "analogia", ao nosso país.

    Uma interessante constatação da pesquisa, é o fato de que praticar um maior espírito solidário, entre os países mais necessitados,a exemplo da África do Sul e a Argentina. Correlação perfeita com a realidade brasileira nesse aspecto.

    Outra informação útil, é a de que os entrevistados, na sua maioria, passaram a percepção de que as pequenas organizações voluntárias, ao contrária da grandes, são mais objetivas e possuem missão mais clara e com maior transparência nas suas áreas de atuação e na administração e aplicação dos recursos.

    Questão da maior gravidade, apontada seguidamente/novamente pelo relatório, é o fato da imagem pública do RI, ainda permanecer incoerente com o seu ideal.

    Concordo que em 23 de fevereiro de 1905, o cenário caótico que inspirou Paul Harris a fundar o Rotary, clamava mesmo, por uma nova estrutura eficiente e disciplinadora e uma organização composta de pessoas seletamente sintonizadas com o ideal ético e moral de se resgatar valores sociais e morais, anté então,colocados em 8° plano na época.

    Entretanto, sem desmerecer logicamente o brilhante trabalho desenvolvido pelo RI nestes 105 anos, de prestígio e eficiência inabaláveis, vivemos numa realidade bem diferente hoje, que exige do RI, rapidez e fluidez de percepções e decisões.

    Entendo que justamente o peso de toda essa tradição, involuntariamente prejudica a imagem pública do Rotary, junto àqueles que mais precisam dele: as pessoas carentes, a parcela mais pobre da sociedade.

    Se nos EUA, berço do RI, ele, depois de 105 anos de ininterrupta atuação, ainda é desconhecido, o que dirá aqui no Brasil, apenas para nos situarmos com nossa realidade?

    Os americanos são exemplares na construção de grandes organizações e mitos empresariais e de empreendedorismo, mas uma organização com 105 anos, continuar a ser desconhecida/mal conhecida, em seu próprio país, é um sinal inconteste de que algo vai muito mal mesmo.

    Na sessão, "Exigências", da pesquisa, um entrevistado, respondendo ao quesito sobre a exigência de se frequentar uma reunião de Rotary semanalmente, define muito bem, o que acima expus, dizendo ele: " Isto me assusta, parece um segundo emprego."

    Na sessão,"Conclusão", a pesquisa aponta que o RI tem problemas:
    -Conscientização pública
    -Imagem pública
    -Voluntários de rede de contatos
    -Compromisso de tempo
    -Mensagens do RI

    Indo direto ao ponto, com o perdão da minha colocação talvez equivocada, porém honesta e sincera de um Rotariano novo, que sente-se profundamente honrado em integrar uma organização do quilate do RI, e que por justamente admirá-la e respeitá-la mais e mais, a cada dia que passa, entendo que o Rotary precisa "renascer", do ponto de vista do marketing mundial. Precisa haver um choque cultural interno no RI, que lhe retire os excessos de formalismo, aproximando-o o mais possível das "novas realidades", (sim, no plural, em face do tamanho da velocidade em que aquelas se transmutam).

    A imagem do Rotary, dever sugerir: "prazer em servir". Tem mesmo que ser algo prazeroso e ao mesmo tempo divertido. O prazer, tomemos por exemplo a recompensa dos adultos em servir aos carentes, e o divertido, tomemos pelo momento,na sensação do jovem ao prestar o serviço voluntário.

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  2. CONTINUAÇÃO do comentário do companheiro Walter do Amaral Varella, do Rotary Club de Joinville - Manchester

    A missão, as mensagens do RI, etc.. devem, a meu ver, recorrerem ao aforismo, dizerem o máximo possível com o menor número de palavras possível. Facilitar a compreensão da mensagem,seja ela qual for.

    Para mim, o Rotary trabalha muito bem com o "meio", ou seja, os Interacts, Rotaracts e os Rotary Clubs, contudo, não emprega a mesma visão quanto às "pontas", ou seja, as crianças(ensino fundamental) e os idosos.

    Li os estatutos dos Earlyacts, e naõ consigo ver nenhum programa mais importante do que este, o de se preparar e instruir crianças do mundo todo, no caminho do bem pensar e no bem agir.

    Especialmente aqui no Brasil, vejo o programa de difusão dos Earlyacts, uma atividade coerente e viável, para resolver culturalmente, a longo prazo, uma parte significativa dos problemas nacionais, agindo diretamente na única solução possível: EDUCAÇÃO das nossas crianças, desde cedo.

    Acredito que, como medida para viabilização e ou manutenção de um Rotary Club do Brasil (imagine no mundo!) ser este responsável por um Earlyact Club, o mundo seria em algumas décadas, um mundo muito melhor para se viver.

    Para mim, o RI deveria dar prioridade conferir prioridade compartilhada aos Earlyacts Clubs e o Programa Pólio Plus.

    O outro ponto que entendo que o Rotary desconsidera, é a importância dos idosos na participação da sociedade, como polo ativo, nos projetos sociais. Muitas empresas do mundo todo, especialmente os grandes magazines, por exemplo, hoje, contratam pessoas com idades superiores a 60 anos, para atenderem clientes, dentre outras funções, em razão da experiência e da vontade de ainda trabalhar e ser útil de outra forma.

    Ora, o RI, criou os Earlyact Clubs,os Interact Clubs, os Rotaract Clubs e os Rotary Clubs. Pois bem, poderia da mesma forma, até para englobar totalmente todas as faixas etárias, criar um clube nos mesmos moldes dos anteriormente citados, (claro que com suas devidas adaptações), talvez, algo como um Senioract Clubs.

    Seriam clubes compostos por pessoas idosas, mas com vontade juvenil de servirem voluntariamente ao mais carentes. Acredito que o RI teria uma agradável supresa se experimentasse a ideia proposta.

    Na sessão "Recomendações", quanto ao ponto "Imagem pública" do clube, discordo particularmente quanto ao recomendado aos clubes, divulgarem junto á mídia, seus projetos e atividades. Claro que eles devem fazer isso,mas acredito que a responsabilidade e o dever de se auto-alavancar a imagem pública, cabe mesmo ao RI, que por sua vez, sob minha ótica, deveria viabilizar uma renovadíssima campanha de marketing em nível mundial, sendo por cada Rotary Club posteriormente, sustentada de forma continuada, através de campanhas publicitárias regionais.

    Primeiro o Rotary se empenharia em mudar/renovar/adaptar sua imagem, depois, todo esse trabalho deveria ser sustentado pelos Clubes, sem dúvida.

    Realmente o relatório fez um Raio X, que aponta eficazmente o que precisa ser melhorado. Reitero finalmente, que é um documento da maior importância para a organização.

    O Rotary International possui o melhor ideal e as melhores pessoas para transformar o mundo para melhor. Provemos isso então, ao mundo como ele espera de nós.

    Prezado Companheiro Alceu Eberhardt,muito obrigado pela oportunidade de aprender sempre mais sobre o Rotary.

    Walter do Amaral Varella
    Rotary Club de Joinville - Manchester

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